A CRUZ

A CRUZ 

Salve Deus!

Alguns espíritos se preparavam para se reencarnar e os Mentores espirituais os conduziam até o local onde cada um pegaria a sua cruz. Eram cruzes de vários tamanhos e pesos, e as Entidades iam indicando cada espírito a Cruz que deveriam conduzir em sua jornada.

Tudo transcorria em harmonia quando um espírito ao ver o tamanho da cruz ficou aborrecido e reclamou:

-NÃO ACREDITO QUE ESSA CRUZ É A MINHA, É MUITO GRANDE!

O seu Mentor então, compreensivo esclareceu:

-MEU FILHO, A SUA CRUZ TEM A EXATA MEDIDA DE SUAS NECESSIDADES...

Não Senhor!- voltou o espírito-ESTA CRUZ É MUITO COMPRIDA E PESADA, VAI DAR TRABALHO PARA CARREGAR E O SENHOR TEM QUE DAR UM JEITO DE CONSEGUIR UMA CRUZ MENOR PARA MIM.

Após todas as tentativas, o Mentor percebeu que não adiantaria argumentar, afinal, certas lições só são aprendidas vivenciando. O Mentor então se concentrou nos Ministros e os mesmos autorizaram que o espírito escolhesse a cruz que bem lhe conviesse.

O espírito, agora muito satisfeito, foi imediatamente a escolher, procurando a menor e mais leve que havia no local. Ao encontrar, iniciou sua jornada, logo passando à frente dos outros espíritos que já haviam partido em suas trajetórias pela escola do caminho.

Nosso espírito ia todo prosa, afinal considerava-se muito sabido; esperto, muito esperto mesmo; há muito já havia deixado os outros para trás.

Eis que num determinado ponto do caminho, depara-se com um profundo buraco entre a margem de um ao outro lado da estrada, sem nenhuma possibilidade de pular ou contornar. Desolado, senta-se e começa a lamentar da vida.

Passando algum tempo é alcançado pelos espíritos que ficara para trás, e para sua surpresa, um por um iam colocando sua cruz da ponta em que encontravam à ponta da outra margem, passando por cima das mesmas, do outro lado as recolhendo jogando nos ombros e prosseguindo a caminhada.

Nosso espírito então percebe que sua cruz é muito pequena e não há o comprimento necessário, e, além disso, é muito leve para suportar seu peso...

Tia Neiva.

Vale do Amanhecer

Nenhum comentário: